Dia das Bruxas ou Dia de Ação de Graças, vamos
comemorar a vida e não a morte
A cultura americana é muito presente em vários países, mas no Brasil ela é muito enfatizada e faz parte do cotidiano de crianças e adultos, a língua inglesa é a oficial no mundo, portanto não é de se admirar que por aqui as empresas, os filmes, as séries, as músicas e até alguns hábitos da américa serem comuns por aqui.
Mas o que é difícil de admitir, o que pode ser absorvido da cultura não só da América, como da Europa, da Ásia e do Oriente Médio, que tem tanto a nos oferecer em vários aspectos da vida como na educação acadêmica e secular, na culinária, no respeito a idosos, pessoas com deficiência, professores e outras profissões e em tantos outros fatores, é muitas vezes não sabermos tirar o melhor que a cultura da nação é capaz de nos proporcionar.
Crente chato
É complicado mas de uma forma geral, o cristianismo tem por princípio seguir os ensinamentos de Cristo e por consequência ter a Bíblia Sagrada , às escrituras como manual de vida e conduta. Dessa forma é muito difícil para os cristãos, quase em sua maioria, a lidar com algumas importações que vêm da cultura de algum país por exemplo. No caso o Dia das Bruxas ou Helloween, como os americanos chamam.
Para algumas pessoas pode ser um pensamento ultrapassado, de chato, convencido ou de mal com a vida. Mas se vermos por outro lado, se fosse o caso, porque então não importamos o Dia de Ação de Graças?
De acordo com o site oficial da Embaixada dos Estados Unidos e Consulados no Brasil, O Dia de Ação de Graças, é um feriado oficial que acontece na quarta quinta-feira no mês de novembro. Nesse dia pessoas de todas as religiões dão graças pelas bençãos recebidas. E as famílias aproveitam e se reúnem para comemorar a data à mesa. Na ceia peru, cranberries, arroz, batatas doces, e torta de abóbora, estão entre os pratos mais tradicionais e a cidra de maçã, está entre as bebidas. Entidades assistenciais em vários estados se mobilizam para que moradores de rua, crianças orfãs, jovens e idosos, também possam comemorar a data.
Há quase 400 anos
Segundo o site oficial da Embaixada dos EUA, em 1620, um barco com mais de cem peregrinos cruzou o Oceano Atlântico para estabelecerem-se no Novo Mundo. Era um grupo religioso dissedente da Igreja Anglicana, eles se assentaram no atual Estado de Massachussetts. O primeiro inverno no Novo Mundo foi muito difícil. Eles chegaram muito tarde para obterem muita colheita e, sem comida fresca, metade da colônia morreu de doenças. Na primavera seguinte os índios iroquois os ensinaram a cultivar o milho, um novo alimento para os peregrinos. Mostraram também outros cultivos próprios para o solo desconhecido, além de caçar e pescar.
No outono de 1621, safras fartas de milho, cevada, feijões e abóbora foram colhidas. Os colonos tinham muito a agradecer e planejaram a primeira Festa do Dia de Ação de Graças.
Existe no sentimento americano, principalmente entre as crianças que os colonos deram início ao Dia de Ação de Graças em agradecimento aos índigenas que ensinaram como cultivar e utilizar os alimentos que até então desconheciam, porque do contrário ele morreriam de fome. Mas se tratando de colonos religiosos, bem provavelmente além do agradecimento aos índios, eles agradeceram primeiramente a Deus.
O Shavuot em hebraico ou a Festa da Colheita dos Judeus
Muito antes da instituição do Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos. O Shavuot ou a Festa da Colheita dos Judeus, ficou conhecida como Festas das Primícias ou do Tabernáculo. Era nessa ocasião que o povo que saiu do Egito se perpetuando por gerações, entregava as primícias, ou seja, os primeiros frutos das colheitas a Deus (Êxodo 23:16). Já no Novo Testamento o significado do Shavuot significa sete semanas, período que Jesus ficou com seus discípulos (Atos 1:3).
É muito provável que os colonos que atracaram no chamado Novo Mundo à época, por serem religiosos, basearam-se na Festa da Colheira dos Judeus para a criação do Dia de Ação de Graças.
Dia das Bruxas ou Agradecimento
O Dicionário de Linguagens Oxford define a palavra Bruxa como algo relacionado ao Ocultismo, mulher que tem fama de se utilizar de supostas forças sobrenaturais para causar malefícios, perscrutar o futuro e fazer sortilégios; feiticeira. Já na Wikipédia já coloca a Bruxa em um sentido mais lúdigo, destacando o esteriótipo de uma mulher antiguada, com nariz grande, encarquilhada, ou seja com a pele cheia de rugas, exímia e contumaz (insistente, obstinado) manipuladora de magia. Vamos dizer que a questão da magia fique só mesmo no imaginário popular, que tudo não passa de uma Teoria da Conspiração. Mas cá entre nós no dia 31 de outubro, que geralmente se comemora, embora aqui no Brasil, nas escolas de línguas, infantís que ensinam a língua inglesa e alguns condomínios fechados, claro que sem generalizar e muito menos julgá-los, o Helloween começa a ser divulgado bem antes do dia. Sem falar que no dia 31 de outubro é comemorado o Dia da Reforma Protestante, com a divulgação das 95 teses do Monge Católico Martinho Lutero, espalhando-se rapidamente pela Europa. Para os chamados “Protestantes” ou os crentes de hoje, foi um movimento importante e que também deveria ser mais comemorado.
Em resumo, seria de bom grado e até de uma questão de inteligência, comemorar-se datas que elevam o agradecimento pelo recebimento de algo, ou que promova valores, princípios, bons costumes e a ética, enfim, que evidencie a vida e não a morte. Do que um Dia cheio de personagens fantasiados de ensanguentados, cadavéricos ou com facas cravadas na cabeça ou pescoço, um humor negro, que não trás nenhum benefício intelectual ou de referência, que ao final das contas não acrescenta absolutamente nada. Mas enfim, muitas pessoas ainda acham que a diversão pela diversão é o que interessa, infelizmente.
Em Tempo – A importação do Dia das Bruxas para o Brasil, foi devido a movimentação do comércio, porque nos Estados Unidos, é a data em que o comércio mais fatura, perdendo somente para o Natal. Enfim, para tudo existe uma explicação, no caso da vinda para o Brasil dessa ‘Comemoração’ é para incrementar o comércio. Porque o pessoal gasta com fantasias e enfeites.