A Hora da Decisão

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Tem momentos na vida, em que se exige tomar uma decisão, muitas vezes vai implicar em questão de segundos, ou milésimo de segundos, no trânsito, por exemplo, em que um veículo em alta velocidade está vindo ao nosso encontro em que temos que decidir em um rápido lampejo de reflexo, se vamos para esquerda, direita, ou jogamos o veículo para o acostamento ou para um matagal, nesse tipo de decisão tão rápida, existe o risco de morte, mas a ocasião requer uma resposta imediata, por questão de sobrevivência. Outro tipo de decisão que não exige tanta rapidez e reflexo, muito mais simples e até mesmo ‘boba’ é decidir sobre o aroma, a fragrância de um perfume, entre vários, o sabor de uma pizza, de um sorvete. Para as meninas, que vestido, blusa ou calça usar, para determinadas ocasiões, cabelo preso ou solto, uma maquiagem marcante ou menos marcante, a cor, o tamanho ou o brilho de uma peça de acessório. Para os garotos o corte de cabelo que o pessoal está usando, uma bermuda legal, uma camiseta de estampa interessante ou modelo e cor de carro que ele pretende ter quando ‘tirar carta’. São decisões simples que não envolvem nenhum risco a longo, médio e curto prazo. Mas na vida nem sempre as decisões são fáceis de tomá-las, precisam sem pensadas, analisadas, estudadas, muito bem planejadas, porque senão poderão trazer consequências ruins e frustrantes.

Para muitas pessoas uma decisão não muito fácil é a escolha de um curso de uma Universidade, o que fazer? Qual a profissão a seguir. Algumas dessas pessoas, utilizam uma prática comum hoje em dia, o Teste de Aptidão ou o Teste de Vocação, são testes ministrados por psicólogos especializados ou por profissionais de Recursos Humanos (RH), que através de perguntas, expressões corporais ou faciais, podem detectar qual o perfil de curso ou profissão se adequa melhor a pessoa que está sendo avaliada. Isto pode ajudar na hora da decisão de que curso fazer, qual a Universidade e qual a profissão a seguir. É claro que o teste de aptidão é um parâmetro e não uma certeza de que a escolha será 100% correta, mas é um caminho.

Uma decisão que quase custou a perda de uma herança

Uma decisão não acertada pode alterar o trajeto de caminhada de alguém, que tinha tudo para ser bem sucedido, como um jovem filho de fazendeiro, rico, que não tinha problemas com que roupa iria vestir, o calçado que iria calçar, tinha todos os dias uma farta mesa de café da manhã, um belo almoço e um jantar com as melhores iguarias. Por uma decisão errada, iria jogar tudo isto para o alto? Mas infelizmente foi justamente o que aconteceu, o cara tinha tudo do bom e do melhor e estava prestes a perder tudo. Às vezes nos perguntamos como em determinadas fases de nossas vidas, deixamos escorrer pelos dedos de nossas mãos chances e oportunidades que talvez não tenhamos mais, mas nada se compara com a perda da convivência e da comunhão com a nossa família. Quando estamos com um carro bom, roupas da hora, muito dinheiro no bolso, parece que as portas se abrem automaticamente tudo é deslumbrante, magnífico, extraordinário, sensacional. Uma coisa vai levando a outra, as decisões ficam mais fáceis de serem tomadas, não precisamos de muitos sacrifícios, tudo corre liso, sem problemas. Mas é nesse momento que temos que estar atentos: duas coisas mostram a verdade e a realidade sobre uma pessoa, a primeira quando ele recebe ou conquista dinheiro e a segunda quando ela é colocada ou detém uma posição de ‘poder’. Aí as cortinas são abertas e a verdade vem à tona sobre o caráter da pessoa.

Só existe uma chance para não se perder de vez a herança

Sobre a perda ou não de uma herança, no Livro do Evangelho de Lucas, no capítulo 15, nos versículos de 11 a 32, no Novo Testamento na Bíblia, Jesus conta a história de uma família, cujo o pai era um fazendeiro muito rico, ele tinha dois filhos homens, um mais velho e outro mais novo, que eram seu braço direito, auxiliavam o pai em tudo na fazenda, na condução dos funcionários, na organização do trabalho, enfim, na administração como um todo. Os dois rapazes usufruiam tudo que o pai podia-lhes proporcionar, não tinham falta de absolutamente nada.

Em determinado dia, um dos rapazes, o mais novo, resolveu conhecer a vida fora da fazenda, mas ao invés de pedir algum dinheiro ao pai, sair e depois voltar, ele foi além, ousado e radical, não bastavam alguns trocados, ele queria mais, muito mais, não só um passeio nas imediações da fazenda ou da cidade, ele queria sair fora mesmo. Aproveitou como já era maior de idade, pediu ao pai que lhe desse a parte dele na herança. Sabe o que é isso? O cara quis a sua parte na herança, de tudo que ele teria direito em um futuro próximo, ele poderia construir seu próprio negócio, uma família, enfim, ser bem sucedido. Perplexo diante do pedido do filho, o pai não se recusou a dar-lhe a sua parte na ‘bolada’, embora naquela época e até mesmo hoje seria uma loucura pegar tanto dinheiro assim de uma vez.

Mas tudo bem, o rapaz saiu todo orgulhoso e feliz com a sua parte da herança que recebeu do pai, que pela sua experiência de vida, sabia o resultado do que o filho havia pedido, mas enfim… Como um louco desvairado, ele saiu pelo mundo da época com o bolso cheio, muita energia e se sentindo como dizem o ‘galã da bala Chita’ (pesquise a embalagem da bala Chita, que fez muito sucesso a partir dos anos 80, inclusive até hoje), então, continuando, saiu pagando bebida para todo mundo, foi em todas as baladas da época, era uma mulher por dia, como estava ‘por cima da carne seca’ (expressão de coroa) conquistou, quer dizer, comprou muitos ‘amigos’, porque o dinheiro não faltava.
Deve ter comprado os cavalos mais rápidos e possantes, equivalentes hoje vamos dizer aos Mustangs, Camaros, os mais tops dos tops.
Tudo ia muito bem, tudo ia as mil maravilhas, empolgante, até que ?! A grana, bufunfa, L’argent (dinheiro em francês), o money, acabou, morreu, escafedeu-se. Não é à toa que a Parábola que vem dos grego parabole que em sua etimologia, ou seja na sua origem, significa comparação, que aliás no caso do fulano em destaque, tem o nome da parábola do “Filho Pródigo”, aliás pródigo significa esbanjador, gastador.

Mano, o cara ficou em uma pindaíba, numa lona, em um ‘osso’ danado, sem nenhum tostão no bolso, tudo consumido pela bebida,
mulheres e amigos do momento. Ficou perambulando pelas cidades, aldeias, sem dinheiro, a roupa que era das melhores, foi acabando, até procurou os ‘amigos’, mas não encontrou nada, porque a grana havia acabado, assim as amizades também.
Chegou em um ponto que o rapaz sentiu tanta fome que ele desejou comer as alfarrobas que eram dadas aos porcos. Nossa! O que são alfarrobas?! Alfarrobas crescem na alfarrobeira (nome científico Ceratonia siliqua), têm origem na Palestina e na região do Mediterrâneo, nesta árvore, que pode atingir a altura de 9 metros, o seu fruto é uma vagem, em forma curvada de um pequeno chifre (em grego Kerátion) que no seu interior tem sementes parecidas com ervilhas, separadas uma das outras por uma polpa comestível, doce e pegajosa. As alfarrobas servem até hoje como alimento para cavalos, gado e porcos. Mas vocês acreditam que nem as alfarrobas ele conseguiu comer, ninguém lhe dava nada.
Que situação difícil, longe da família, passando fome, praticamente sem roupas e tendo que submerter-se praticamente ao trabalho escravo. E agora, o que fazer?…

Alfarrobeira (nome científico Ceratonia Siriqua) que produz as alfarrobas

Epílogo – Na lona e sem perpectiva, a gente pensa em tudo que passou e o que perdemos

É de dar dó, o cara totalmente acabado, começou a pensar na vida boa que tinha com o pai, com o irmão, com a família e até lembrou dos colaboradores da fazenda de seu pai, que tinham o alimento na hora certa e com fartura e ele ali morrendo de fome. Mano, o cara finalmente caiu em si, os olhos dele se abriram e ele chegou na seguinte conclusão: – quer saber de uma coisa, vou voltar para o meu pai e dizer a ele, que eu pisei na bola, fui um inconsequente, um sem vergonha, enfim, não sou mais digno de ser chamado de seu filho -. Ele pensando consigo mesmo: “faz o seguinte pai, estou morrendo de vergonha, mas por favor me aceite como um dos seus funcionários.” Totalmente arrependido, ele pegou o caminho de volta para a sua casa desesperadamente. Em todo esse tempo o pai sempre ia na porteira pela qual o filho foi embora e tinha esperança da sua volta.

Finalmente o dia chegou. Uma certa manhã quando o pai foi à porteira da fazenda, avistou de longe uma pessoa caminhando com dificuldade, mal vestido, cabeludo, barbudo, dos filhos, ele era o caçula, o mais novo, mas parecia que o cara tinha envelhecido uns 5 anos. Conforme ele ia se aproximando ficava mais evidente o corpo surrado, o rosto queimado pelo sol, maltrapilho, um semblante caído, arrasado.

Quando seu pai o viu se aproximando, correu ao seu encontro e o abraçou intensamente, então o rapaz, chorando, arrependido e com uma baita de uma vergonha, ele não estava acreditando na atitude de seu pai, de recebê-lo daquela forma, com tando amor. O rapaz viu e sentiu a importância da família, do retorno ao lar. Imediatamente seu pai disse a ele para que tomasse um belo banho, colocou roupas novas e adequadas e se não bastasse tudo isso, colocou um anel no seu dedo e fez um grande banquete para comemorar a sua volta.

O irmão mais velho sabendo de tudo isso, ficou muito bravo, revoltado, não se conformou e foi tirar satisfações com o pai. Dizendo que ele sempre estava perto, fazia tudo que o pai mandava e nunca o abandonou. E disse mais ainda que o pai nunca tinha oferecido a ele, o filho mais velho, um churrasco para que ele comemorasse com os amigos. Por outro lado, disse ele, o meu irmão mais novo gastou todo o dinheiro da sua parte da herança com bebidas, mulheres e farras.

O pai disse ao filho mais velho que lhe agradecia por sempre estar com ele e tudo que ele tinha pertencia também a ele, mas que seu irmão mais novo (usando as minhas palavras…), tomou uma atitude radical, gastou tudo, sofreu, comeu o pão que o diabo amassou, mas que se arrependeu profundamente e usou a seguinte expressão: “seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado!”. (Lucas 15:32)
Referindo-se que ele estava cego pelo dinheiro e pela luxúria e morto para a família, mas que caiu na real e voltou atrás.

De volta para casa

Como o filho pródigo, Deus quer que voltemos para a casa, onde é o nosso lugar. Nunca é tarde para o arrependimento sincero, não se preocupe se você magou seu pai, sua mãe ou algum de seus irmãos. Sempre volte, mesmo arrependido, com vergonha, admita o erro, deixe o orgulho, se concerte e volte para sua família, ela sempre estará de braços abertos para você. Se por algum motivo isso aconteça de seu pai ou sua mãe não nos amparar, tem uma notícia boa para todos nós, que o salmista, o rei Davi, no Salmo 27:10 – Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá – Embora seja muito difícil da família nos rejeitar, podemos correr para os braços de Deus, nos ajoelhando e pedindo perdão, como o pai do filho pródigo, ele vai nos acolher. Pense sempre nisso: ‘Nunca é tarde para voltar para casa. Essa com certeza é a nossa melhor decisão.’

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